Correção da lesão de Bankart por cirurgia artroscópica comparada com a cirurgia aberta: uma revisão sistemática / The Bankart lesion repaired by arthroscopic surgery versus open surgery: a systematic review

Introdução: A instabilidade anterior traumática do ombro é uma doença ortopédica comum que acomete pacientes jovens e/ou atletas. Na maioria das vezes, a lesão de Bankart encontra-se associada. Nesta situação o tratamento cirúrgico é comumente indicado. O objetivo deste estudo é comparar, através de revisão sistemática da literatura, a taxa de insucesso da técnica de Bankart, via artroscópica, com a técnica de Bankart aberta, através da taxa de insucesso de ambas as técnicas nos artigos revisados. Métodos: Através do MEDLINE/Pubmed, pesquisaram-se as palavraschave: a) anterior shoulder instability; b) Bankart lesion; c) traumatic recurrent anterior shoulder instability; d) open Bankart repair; e) arthroscopic Bankart repair; f ) arthroscopic versus open Bankart repair em artigos publicados entre 1998 a 2008, que comparavam a técnica aberta com a técnica artroscópica, exclusivamente operados pela técnica de Bankart. Sete artigos preencheram os critérios de seleção. Entre as variáveis estudadas estavam o número de pacientes e ombros operados por cada técnica, o sexo, o tipo de escore de avaliação e o desfecho. Resultados: Foram abarcados 478 pacientes, 481 ombros, dos quais 54,9% foram operados pela técnica de Bankart contra 45,1% pela técnica aberta. 84,7% (405) eram homens, 15,3% (73) eram mulheres. O escore de Rowe foi mencionado em todos os artigos avaliados. A taxa de insucesso na técnica artroscópica foi de 10,6% contra 7,8% na técnica aberta. Conclusão: As técnicas artroscópica e aberta produziram bons resultados para o tratamento da instabilidade anterior traumática de ombro. Ambas as técnicas apresentaram resultados similares na taxa de insucesso

Introduction: The traumatic anterior instability of the shoulder is a common orthopedic disease that affects young patients and/or athletes. Most often the Bankart lesion is associated. In this situation surgery is usually indicated. The aim of this study is to compare, through a systematic review of the literature, the Bankart technique via arthroscopy with the open Bankart technique through the failure rates of both techniques in the reviewed articles. Methods: Using the MEDLINE/PubMed databases, the following keywords were searched: a) anterior shoulder instability; b) Bankart lesion; c) traumatic recurrent anterior shoulder instability; d) open Bankart repair; e) arthroscopic Bankart repair, and f ) arthroscopic versus open Bankart repair, in articles published from 1998 to 2008 comparing the open technique with the arthroscopic technique performed exclusively with the Bankart technique. Seven articles met the selection criteria. Among the variables studied were the number of patients and shoulders operated by each technique, sex, type of evaluation score, and outcome. Results: The study covered 478 patients, 481 shoulders, of which 54.9% were operated by the Bankart technique against 45.1% by the open technique. 84.7% (405) were men and 15.3% (73) were women. The Rowe score was mentioned in all of the reviewed articles. The failure rate in the arthroscopic technique was 10.6% versus 7.8% in the open technique. Conclusion: The open and arthroscopic techniques have produced good results for the treatment of traumatic anterior shoulder instability. Both techniques showed similar results in the failure rate

Reconstruçäo intra-articular do ligamento cruzado anterior pela técnica do duplo fascículo / Intra-articular reconstruction of the anterior cruciate ligament by fascicule double technique

Os autores apresentam uma técnica cirúrgica de construçäo ligamentar intra-articular, indicada nas instabilidades anteriores crônicas, através de um duplo fascículo formado pelos tendöes patelar e semitendinoso. Apresentam ainda o seguimento e os resultados obtidos em uma série operada, usando como parâmetro a classificaçäo ARPEGUE. A casuística é baseada em 312 joelhos operados, sendo 217 revisados, com evoluçäo mínima de 24 e máxima de 56 meses